Professora Vânia

Colégio Jenny Gomes guarda muitas histórias e memórias a que escolhemos contar foi a da querida professora Vânia. A professora Vânia compartilhou com os participantes do Projeto Patrimônio Para Todos a sua trajetória de vida, suas histórias e memórias sobre o Colégio Jenny Gomes. Contou- nos lembranças de quando era aluna do Jenny e de como se sentia orgulhosa em ser professora na escola onde ela aprendeu os valores para toda sua vida e onde também seus três filhos estudaram. Ela considera a escola Jenny Gomes sua primeira casa, pois disse que passa mais tempo na escola do que na sua própria casa. Falou também da mudança de valores, da diferença de gerações e do amor pelo ofício que exerce.

Dona Júlia – Rendeira

Dona Júlia trabalha fazendo renda desde de quando tinha 5 anos de idade para ajudar a mãe em casa. Apesar da infância comprometida D. Júlia é feliz com o que faz. E é uma mulher guerreira que trabalha com amor e para o sustento. Afirma com orgulho que rendeira é seu ofício, sua arte e o que mais gosta de fazer.

Parque Adhail Barreto (Antigo Cocó)

Patrimônio Natural de Fortaleza, infelizmente precisando de mais cuidados. Chegamos para fazer uma trilha e andar pelo parque. Porém nós deparamos com o abandono e com as más condições das pontes e da estrutura em geral dificultando a nossa caminhada. Lugar ideal para o lazer e para prática de atividades físicas. Respirar o ar da natureza e conviver no ambiente natural seria o ideal. Por isso seguimos a trilha com o intuito de vivenciar essa experiência muito importante para todos do Projeto. Que ficaram motivados e com o desejo de preservar e cuidar do meio ambiente. Sem falar também nas questões políticas ligadas ao cuidado desse patrimônio, foi o que despertou em todos nós o sentimento de pertença do lugar.

Terceiro dia: Ancurí – tarde

No terceiro dia terminamos a parte teórica da oficina, e demos entra na construção da parte teórica. Finalizamos a cartilha e depois do intervalo houve a listagem dos bem e algumas dicas de entrevistas para os alunos!

Ancurí – 2º dia, tarde

No segundo dia de aula discutimos acerca de patrimônio cultural. No decorrer da aula, percebemos que os alunos estavam atentos a explicação, surgiram várias dúvidas sobre o tema, esperamos que eles tenham assimilado o conteúdo. Começamos a dar uma noção sobre o que irá acontecer nas aulas de campo, como forma de prepará-los a respeito do que estavam por vim. Enfim, esperamos que tudo ocorra bem, e as expectativas são as mais positivas.

Ancurí – Tarde!

No primeiro dia de aula, tentamos utilizar uma metodologia acessível e dinâmica acerca dos conceitos jurídicos, teóricos e práticos relacionados a cultura.Podemos perceber uma determinada carência relacionada ao tema mas, com o passar da aula varias devidas foram levantadas e respondidas pela equipe assim, terminamos a aula com a sensação de que estamos direcionado ao caminho certo.Podemos concluir que as expectativas são as melhores a respeito do resultado final.

A palavra-chave é PARTICIPAÇÃO! – Aeroporto

No dia 27/11 trabalhamos nosso caderno temático sobre a Cultura das Águas. Dividimos em equipes para que todos pudessem participar e contribuir com seus pontos de vista. O resultado? Uma aula incrível onde todos os participantes se apresentaram empoderados e bastante empolgados para o dia seguinte, onde nós iremos começar nossas visitas!

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Estudando as origens – Aeroporto/Tarde

O segundo dia de oficina foi bem mais descontraído, com a turma mais disposta e interagindo entre si. Começamos a questionar o que é Patrimônio cultural e suas categorias de maneira dinâmica e proveitosa. Criamos um vínculo maior de confiança para podermos trabalhar em equipe. Através dos vídeos, podemos identificar, refletindo sobre nossas origens e o que importante para nós no nosso bairro, nossa rua, nossa casa e nossa vida.

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Já começaram as boas histórias – Aeroporto/Manhã

O segundo dia de oficinas no bairro do aeroporto começou trazendo a história e as raízes de cada participante por meio da árvore genealógica e suas trajetórias de vida. O mais marcante foi reconhecer que a a própria escola Jenny Gomes, que está acolhendo as oficinas também guarda muitas histórias e lendas para serem conhecidas durante essa semana!

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Aeroporto – Primeiros contatos!

A aula do primeiro dia começou tranquila, uma turma quieta e calada de início, mas depois de uma conversa e das devidas apresentações, das leituras dos textos, os debates começaram a surgir, cada um expondo sua opinião sobre a diversidade cultural e defendendo seu ponto de vista. Uma aula prazerosa e dinâmica, trocando conhecimento e experiência!

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Violeiro: Um Menestrel na modernidade

Nosso segundo dia de entrevistas teve seu início na Praça de Cuba, centro de Sobral, onde se deu nossa conversa com o  violeiro Antônio Pontes. Com 61 anos de idade ele vive em Sobral há 40 anos e apresenta durante a semana o programa Viola de Repentes na Rádio Educadora .

Quem passava por ali, parava e dedicava um pouco de sua corrida manhã para ouvir as histórias e os versos que Seu Antônio recitava e dedilhava nas cordas da viola ,“ Todo dia eu cheiro ela… A viola é como uma criança, não pode cair…É a gente que conduz”. Segundo ele “ Todo repentista é poeta , mas nem todo poeta é repentista ” . Essa tradição popular que surgiu na Idade média e ganhou força no nosso Nordeste , é chamada repente por que as canções surgem de repente, do improviso diante de algum tema.

“ Os cancioneiros eram natos para o sertão, as serras, agora também estão também presentes na cidade ”, diz , e conta que existiam 40 cantadores quando ele chegou a Sobral , hoje são apenas cinco, mas acredita que essa profissão não irá acabar pois vem surgindo jovens violeiros de 15, 17 anos que continuaram essas tão bela batalhas poéticas.

Seu Sebastião – Pescador Veterano e Contador de Histórias

Seu Sebastião é uma verdadeira enciclopédia viva de Fortim. Pescador veterano e morador antigo, ele é capaz de contar parte do histórico de ocupação do lugar.

Resistente ao tempo, (enquanto nos conta a história do lugar, “levanta inúmeros finados”, pois todos esses já “passaram”) seu Sebastião parece às vezes não resistir às próprias lembranças, que por vezes mexem com ele.

Seu Sebastião contou também como a pesca, tão importante na sua vida, foi também importante para a criação de Fortim e o que aconteceu na cidade em períodos históricos importantes.

Um detalhe interessante é que Seu Sebastião parece usar a ponta dos dedos para catar as memórias que o rodeiam. A forma como balança as mãos (como se estivesse procurando por algo) sempre que precisava “lembrar-se de algo” que está “mais fundo” na mente. Ele nos revelou o quão interessante pode ser o universo das memórias. Tanto de um, como de todos.

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Dona Maria Tetém – Rezadeira

Dona Maria Tetém, quando mais nova, vivia muito doente. E pedia muito para que saísse daquela condição. Um dia, dentro do hospital, Dona Maria viu uma santa muito bonita, mas que não sabia quem era. No dia seguinte ela acordou “melhorada” e desde então não se internou mais. Dona Maria atribuiu a graça à santa que havia aparecido para ela.

A partir daí Dona Maria começou a rezar em crianças e até em animais.

Com a ajuda das folhas de pião roxo, Dona Maria já rezou até em pessoas de outras comunidades.

Sempre de graça, pois faz por agradecimento ao dom que recebeu.

Pontal Arte – Mostra cultural

O Pontal Arte é uma celebração que surgiu em 1993, a partir de conversas de amigos, com o objetivo de apresentar e valorizar a cultura do Pontal do Maceió.

Acontecendo anualmente durante três dias, geralmente do final de outubro ao início de novembro, a festa serve para que as culturas não se percam e que a comunidade possa ver e mostrar o que tem e faz. Fernando César, hoje um dos responsáveis pelo festival, nos contou um pouco sobre a sua importância para a comunidade de Fortim.

A primeira professora

Tia Fernanda” como é conhecida a professora de educação básica Fernanda Carneiro dos Santos. Mulher forte da Comunidade Coqueirinho (das várias que já existe), nasceu em Aracati e acabou mudando-se para a comunidade no ano de 1995. Ela se tornou assim a primeira professora da escola que se estabelecia no assentamento. Porém, no início também não foi fácil. Além dos problemas de estrutura, de ordem financeira e material da escola, também foi preciso mudar o pensamento dos moradores da região, ensinando-os a máxima: a educação é a melhor ferramenta para se combater a injustiça e estabelecer uma melhoria na vida dessas famílias. Trabalho bem difícil, mas graças ao seu esforço e das outras pessoas que apoiaram a ideia, tudo acabou dando certo. Após algum tempo, as famílias já incentivavam seus filhos a frequentar regularmente o ambiente escolar e com o passar do tempo essa prática tornou-se corriqueira, levando educação aos pontos mais distantes da comunidade. Hoje, a escola de Educação Básica Coqueirinho é um referencial para todos, não só com relação ao prédio, mas principalmente por seus colaboradores e especial a famosa “Tia Fernanda” (que acabou mesmo sendo a tia de muitos moradores). A “Tia” inclusive na entrevista relatou o papel na formação ética e social de seus alunos, que muitos deles acabaram vestindo a camisa do Projeto Patrimônio para Todos. Mostrando que houve sim grandes realizações na comunidade através do intenso e belo trabalho da Professora Fernanda, ou simplesmente “Tia Fernanda”.    

 

 

Dona Zildene e a Maxixada

Enfim, chegamos na parte mais deliciosa do nosso relato. As famosas iguarias da Dona Zildene. Mulher de força, fibra, possuidora do respeito de todos (todos mesmo, dos mais antigos aos mais novos), uma das primeiras moradoras do assentamento, a primeira mulher a ocupar a liderança da comunidade, mãe, avó e grande personalidade da região. Sendo a responsável pelo desenvolvimento de uns dos pratos mais famosos do assentamento: a famosa “maxixada da Dona Zildene”, caiu no gosto até dos visitantes que prometem voltar só para provar um pouco mais dessa iguaria típico da região. Porém, antes da “descoberta” da sua Maxixada pelos turistas, esse prato tinha outra finalidade. A manutenção de uma dieta equilibrada que suprisse a falta de gêneros básicos de alimentos, ocorrido pelo difícil começo da criação do assentamento. Para fugir da fome que assolava a comunidade, essa mulher de incrível originalidade criou também o caldo de sebo. “Levando” ingredientes típicos da região, o caldo de sebo contém: farinha, rapadura, sal a gosto e sebo de boi. Já a famosa maxixada “leva” leite de cabra, maxixe, queijo e creme de leite. 

Casa de Memória de Coqueirinho

Vendo a necessidade de conservar as memórias do assentamento, a população se reuniu e estabeleceu a criação de um museu. Opa! Museu não, uma Casa de Memória, como a própria comunidade a define. Nessa casa há moradores bem inusitados, passando por objetos de referência como o primeiro caldeirão que Dona Zildene fazia o seu famoso caldo de sebo (já chegaremos lá, continuem a ler nosso blog) até a pequena tv (pequena mesmo), onde toda a comunidade se reunia para viver e sentir as dramas, alegrias e indignação das nossas famosas novelas brasileiras. Era por elas que eles ficavam na expectativa de saber quem matou fulano, porque esse malvado(a) não é preso… Enfim, ela foi por muito tempo uma das diversas “pontes” que manteve a comunidade unida. Porém, o objetivo maior dessa casa é mostrar e não deixar cair no esquecimento, de como foi criado o assentamento, como foi estabelecido, quais foram as dificuldades, as brigas e as alegrias dos primeiros anos no local. Com um caráter bem diversificado encontramos fotos, objetos, histórias do passado e do presente do assentamento. Tendo como grande esperança pelos moradores de sempre aumentar esses registros, levando a história da comunidade a todos num futuro próximo.    

Lagoa de Coqueirinho

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.” Manoel de Barros

Existe algo mais livre que água? Ela surge ali do “nada” e volta a sumir da mesma forma que chegou. Bem, pelo menos isso era o que acontecia há alguns anos na Lagoa da Comunidade Coqueirinhos. Hoje, porém só resta mais uma lembrança de toda aquela água que existia antes. No início do assentamento essa lagoa foi de extrema importância para a comunidade, além de proporcionar condições favoráveis para a manutenção da vida dos moradores, dos animais e de suas plantações. Ainda contribuía como mais uma forma de renda, através da pesca e venda dos peixes. Mas, também não só de trabalho vive o homem, né. Essa lagoa estabelecia-se como ponto de encontro nas ensolaradas e quentes tarde de domingo, onde se podia passar e viver um belo pôr do sol, juntos com a família e amigos. Onde tem pessoas também há histórias e acontecimentos e ali também não poderia fugir dessa “regra”. Passando de simples “histórias de pescador” como pessoas que pescavam enormes peixes (que nunca ou quase nunca ninguém via) a causas de dramas como afogamentos de pessoas (na maioria crianças) e fantasmas (sim, como não se poderia faltar numa lagoa de “responsa”). Porém depois de 2009, a população viu a sua última cheia. Por motivos das obras de infraestrutura da comunidade, da erosão, das secas nesses últimos anos e de fatores naturais, hoje ela se resume a uma pequena “poça”, onde não se dá para o uso da comunidade. Porém, os assentados não perdem a esperança de um dia a lagoa voltar a encher e com ela todas as lembranças voltarem a ser “livres” junto com as águas.

O quarenta

O quarenta é uma espécie de bolo de milho, conhecida por ser um prato muito famoso entre os primeiros pescadores de Fortim.

Nairle, moradora de Fortim, aprendeu a receita com a sua mãe, que por sua vez aprendeu com a mãe, passando de geração em geração.

O prato é muito famoso em festas juninas e geralmente é uma pedida em dias de visita ou festas familiares.

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Praia das Agulhas/Suspiro da Baleia

A Praia das Agulhas, assim como o Suspiro da Baleia são áreas litorâneas situadas no Pontal do Maceió cuja beleza sempre atraiu a comunidade e muitos visitantes.

São várias as histórias de casais que escolhiam a Praia das Agulhas para se encontrar. Era, para descanso ou para festa, um ponto de encontro do Pontal do Maceió.

O Suspiro da Baleia tem esse nome por conta de uma formação rochosa que lembra uma baleia e quando as fortes ondas batem nas rochas, elas lembram os jatos d’água que uma baleia solta.

Bené, o Papangú de Fortim

Bené vem da terceira geração de “papangús” do Fortim. E entrou depois de um convite do grupo que somava cerca de 30 pessoas. Logo a brincadeira de carnaval foi sendo levada a sério: antes de se vestirem, os “papangús” se escondiam para que ninguém soubesse ou suspeitasse da identidade deles depois de fantasiados.

Os “papangús” se caracterizam por se vestirem mal, com peças como uma máscara de papelão e um saco na cabeça, roupas rasgadas e geralmente com um chicote.

Eles divertem e assustam ao mesmo tempo o carnaval de Fortim.

Conhecendo o nosso bairro – Lagoa Redonda

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Hoje conversamos sobre como conhecer o nosso bairro através das histórias que os próprios moradores contam, para fixar melhor o assunto assistimos um trecho do filme narradores de javé, e antes de começarmos a falar sobre cultura das águas realizamos uma dinâmica com uma dança e música “lavadeira” que refletia a questão das mulheres que lavavam roupa na beira do rio , traçamos a nossa rota de visitas e fizemos uma simulação de como seriam as nossas aulas de campo, os participantes se mostram animados e esperançosos para descobrirem mais sobre o local em que moram.

Lagoa Redonda – chegamos.

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Estamos em Lagoa Redonda, bem perto de Sabiaguaba na escola EEFM Tecla Ferreira, os alunos se mostram bastante empolgados e curiosos com o que  veremos ao longo de nossa semana, mas o nosso dia foi marcado pelo correio PPT, no qual a turma da manhã irá se corresponder com a turma da tarde contando suas expectativas da semana e como estão sendo os dias de oficinas cada um usando um pouco da sua criatividade tanto na escrita como na elaboração da carta com desenhos e um colorido bem legal. E a semana está só começando muitas emoções ainda estão por vim.

Dona Osmarina e os rituais para a rainha Iemanjá

A margem direita do rio é um local da cidade que está se desenvolvendo. Lá, buscamos por Dona Osmarina, moradora do bairro Dom Expedito. Praticante da religião Umbanda,  nos recebe em sua casa e conta suas experiências desde a infância com o espiritismo e diz que respeita também a tradição católica.

Dona Osmarina é famosa na região pelos seus rituais em homenagem a Iemanjá, que antigamente, reunia muita gente.  Mas lamenta que a tradição tem se modificado muito e perdendo presenças.

Canoeiros e Lavadeiras do Rio Acaraú

Costume muito comum das pessoas que moram em torno do Rio Acaraú é ter de atravessar o rio por meio das canoas. Andando em sua margem, encontramos dois canoeiros, um experiente conhecido como Seu Coco – ele exerce a profissão há 40 anos – e Tiago Alves, que bem jovem, aprendeu com os profissionais mais velhos esse ofício quase em via de extinção devido a falta de interesse das novas gerações. Os filhos de Seu Coco estão empregados em firmas e não se interessaram em continuar o trabalho do pai.

Diariamente esses homens realizam essa travessia de uma margem a outra do rio  cobrando apenas algumas moedas por esse trabalho. Essa profissão milenar possibilita um contraste diante da urbanizada margem esquerda do rio. Para Tiago, o ganho com o saber da canoagem é uma ajuda muito grande,apesar de ele ter outra fonte de renda financeira.

Do outro lado do rio, estavam as lavadeiras. Muito tímidas, não permitiram que gravássemos o vídeo. Nos contentamos, portanto, com algumas fotos e uma boa conversa.