Dilma Gomes da Silva (rendeira)

Dona Dilma aos 67 anos faz tricô, fuxico, renda e labirinto. Ela contou que hoje é só um passatempo, mas antigamente ela precisava sustentar a família com o que ganhava a partir do artesanato. Ela falou das dificuldades de se ter água antigamente,m pois as pessoas tinham que carregar baldes de água na cabeça para poder tomar banho e beber. Ela lembra que ia bem cedo, todos os dias, até o chafariz que era o único reservatório de água próximo de sua casa. Essa senhora é filha de pescador e que todos os dias ela esperava o pai chegar com a “mistura” do almoço (peixe ou carne). Dona Dilma nos contou também que aprendeu a fazer renda só de ver as amigas de sua mãe fazendo. E ela só tinha doze anos!  Mas Dona Dilma gosta tanto do que faz que e até hoje ela costura junto com as filhas.

Professora Vânia

Colégio Jenny Gomes guarda muitas histórias e memórias a que escolhemos contar foi a da querida professora Vânia. A professora Vânia compartilhou com os participantes do Projeto Patrimônio Para Todos a sua trajetória de vida, suas histórias e memórias sobre o Colégio Jenny Gomes. Contou- nos lembranças de quando era aluna do Jenny e de como se sentia orgulhosa em ser professora na escola onde ela aprendeu os valores para toda sua vida e onde também seus três filhos estudaram. Ela considera a escola Jenny Gomes sua primeira casa, pois disse que passa mais tempo na escola do que na sua própria casa. Falou também da mudança de valores, da diferença de gerações e do amor pelo ofício que exerce.

Dona Júlia – Rendeira

Dona Júlia trabalha fazendo renda desde de quando tinha 5 anos de idade para ajudar a mãe em casa. Apesar da infância comprometida D. Júlia é feliz com o que faz. E é uma mulher guerreira que trabalha com amor e para o sustento. Afirma com orgulho que rendeira é seu ofício, sua arte e o que mais gosta de fazer.

Terceiro dia: Ancurí – tarde

No terceiro dia terminamos a parte teórica da oficina, e demos entra na construção da parte teórica. Finalizamos a cartilha e depois do intervalo houve a listagem dos bem e algumas dicas de entrevistas para os alunos!

Ancurí – 2º dia, tarde

No segundo dia de aula discutimos acerca de patrimônio cultural. No decorrer da aula, percebemos que os alunos estavam atentos a explicação, surgiram várias dúvidas sobre o tema, esperamos que eles tenham assimilado o conteúdo. Começamos a dar uma noção sobre o que irá acontecer nas aulas de campo, como forma de prepará-los a respeito do que estavam por vim. Enfim, esperamos que tudo ocorra bem, e as expectativas são as mais positivas.

Ancurí – Tarde!

No primeiro dia de aula, tentamos utilizar uma metodologia acessível e dinâmica acerca dos conceitos jurídicos, teóricos e práticos relacionados a cultura.Podemos perceber uma determinada carência relacionada ao tema mas, com o passar da aula varias devidas foram levantadas e respondidas pela equipe assim, terminamos a aula com a sensação de que estamos direcionado ao caminho certo.Podemos concluir que as expectativas são as melhores a respeito do resultado final.

A palavra-chave é PARTICIPAÇÃO! – Aeroporto

No dia 27/11 trabalhamos nosso caderno temático sobre a Cultura das Águas. Dividimos em equipes para que todos pudessem participar e contribuir com seus pontos de vista. O resultado? Uma aula incrível onde todos os participantes se apresentaram empoderados e bastante empolgados para o dia seguinte, onde nós iremos começar nossas visitas!

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Estudando as origens – Aeroporto/Tarde

O segundo dia de oficina foi bem mais descontraído, com a turma mais disposta e interagindo entre si. Começamos a questionar o que é Patrimônio cultural e suas categorias de maneira dinâmica e proveitosa. Criamos um vínculo maior de confiança para podermos trabalhar em equipe. Através dos vídeos, podemos identificar, refletindo sobre nossas origens e o que importante para nós no nosso bairro, nossa rua, nossa casa e nossa vida.

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Já começaram as boas histórias – Aeroporto/Manhã

O segundo dia de oficinas no bairro do aeroporto começou trazendo a história e as raízes de cada participante por meio da árvore genealógica e suas trajetórias de vida. O mais marcante foi reconhecer que a a própria escola Jenny Gomes, que está acolhendo as oficinas também guarda muitas histórias e lendas para serem conhecidas durante essa semana!

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Aeroporto – Primeiros contatos!

A aula do primeiro dia começou tranquila, uma turma quieta e calada de início, mas depois de uma conversa e das devidas apresentações, das leituras dos textos, os debates começaram a surgir, cada um expondo sua opinião sobre a diversidade cultural e defendendo seu ponto de vista. Uma aula prazerosa e dinâmica, trocando conhecimento e experiência!

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Seu Sebastião – Pescador Veterano e Contador de Histórias

Seu Sebastião é uma verdadeira enciclopédia viva de Fortim. Pescador veterano e morador antigo, ele é capaz de contar parte do histórico de ocupação do lugar.

Resistente ao tempo, (enquanto nos conta a história do lugar, “levanta inúmeros finados”, pois todos esses já “passaram”) seu Sebastião parece às vezes não resistir às próprias lembranças, que por vezes mexem com ele.

Seu Sebastião contou também como a pesca, tão importante na sua vida, foi também importante para a criação de Fortim e o que aconteceu na cidade em períodos históricos importantes.

Um detalhe interessante é que Seu Sebastião parece usar a ponta dos dedos para catar as memórias que o rodeiam. A forma como balança as mãos (como se estivesse procurando por algo) sempre que precisava “lembrar-se de algo” que está “mais fundo” na mente. Ele nos revelou o quão interessante pode ser o universo das memórias. Tanto de um, como de todos.

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Dona Maria Tetém – Rezadeira

Dona Maria Tetém, quando mais nova, vivia muito doente. E pedia muito para que saísse daquela condição. Um dia, dentro do hospital, Dona Maria viu uma santa muito bonita, mas que não sabia quem era. No dia seguinte ela acordou “melhorada” e desde então não se internou mais. Dona Maria atribuiu a graça à santa que havia aparecido para ela.

A partir daí Dona Maria começou a rezar em crianças e até em animais.

Com a ajuda das folhas de pião roxo, Dona Maria já rezou até em pessoas de outras comunidades.

Sempre de graça, pois faz por agradecimento ao dom que recebeu.

Pontal Arte – Mostra cultural

O Pontal Arte é uma celebração que surgiu em 1993, a partir de conversas de amigos, com o objetivo de apresentar e valorizar a cultura do Pontal do Maceió.

Acontecendo anualmente durante três dias, geralmente do final de outubro ao início de novembro, a festa serve para que as culturas não se percam e que a comunidade possa ver e mostrar o que tem e faz. Fernando César, hoje um dos responsáveis pelo festival, nos contou um pouco sobre a sua importância para a comunidade de Fortim.

A primeira professora

Tia Fernanda” como é conhecida a professora de educação básica Fernanda Carneiro dos Santos. Mulher forte da Comunidade Coqueirinho (das várias que já existe), nasceu em Aracati e acabou mudando-se para a comunidade no ano de 1995. Ela se tornou assim a primeira professora da escola que se estabelecia no assentamento. Porém, no início também não foi fácil. Além dos problemas de estrutura, de ordem financeira e material da escola, também foi preciso mudar o pensamento dos moradores da região, ensinando-os a máxima: a educação é a melhor ferramenta para se combater a injustiça e estabelecer uma melhoria na vida dessas famílias. Trabalho bem difícil, mas graças ao seu esforço e das outras pessoas que apoiaram a ideia, tudo acabou dando certo. Após algum tempo, as famílias já incentivavam seus filhos a frequentar regularmente o ambiente escolar e com o passar do tempo essa prática tornou-se corriqueira, levando educação aos pontos mais distantes da comunidade. Hoje, a escola de Educação Básica Coqueirinho é um referencial para todos, não só com relação ao prédio, mas principalmente por seus colaboradores e especial a famosa “Tia Fernanda” (que acabou mesmo sendo a tia de muitos moradores). A “Tia” inclusive na entrevista relatou o papel na formação ética e social de seus alunos, que muitos deles acabaram vestindo a camisa do Projeto Patrimônio para Todos. Mostrando que houve sim grandes realizações na comunidade através do intenso e belo trabalho da Professora Fernanda, ou simplesmente “Tia Fernanda”.    

 

 

Dona Zildene e a Maxixada

Enfim, chegamos na parte mais deliciosa do nosso relato. As famosas iguarias da Dona Zildene. Mulher de força, fibra, possuidora do respeito de todos (todos mesmo, dos mais antigos aos mais novos), uma das primeiras moradoras do assentamento, a primeira mulher a ocupar a liderança da comunidade, mãe, avó e grande personalidade da região. Sendo a responsável pelo desenvolvimento de uns dos pratos mais famosos do assentamento: a famosa “maxixada da Dona Zildene”, caiu no gosto até dos visitantes que prometem voltar só para provar um pouco mais dessa iguaria típico da região. Porém, antes da “descoberta” da sua Maxixada pelos turistas, esse prato tinha outra finalidade. A manutenção de uma dieta equilibrada que suprisse a falta de gêneros básicos de alimentos, ocorrido pelo difícil começo da criação do assentamento. Para fugir da fome que assolava a comunidade, essa mulher de incrível originalidade criou também o caldo de sebo. “Levando” ingredientes típicos da região, o caldo de sebo contém: farinha, rapadura, sal a gosto e sebo de boi. Já a famosa maxixada “leva” leite de cabra, maxixe, queijo e creme de leite. 

Casa de Memória de Coqueirinho

Vendo a necessidade de conservar as memórias do assentamento, a população se reuniu e estabeleceu a criação de um museu. Opa! Museu não, uma Casa de Memória, como a própria comunidade a define. Nessa casa há moradores bem inusitados, passando por objetos de referência como o primeiro caldeirão que Dona Zildene fazia o seu famoso caldo de sebo (já chegaremos lá, continuem a ler nosso blog) até a pequena tv (pequena mesmo), onde toda a comunidade se reunia para viver e sentir as dramas, alegrias e indignação das nossas famosas novelas brasileiras. Era por elas que eles ficavam na expectativa de saber quem matou fulano, porque esse malvado(a) não é preso… Enfim, ela foi por muito tempo uma das diversas “pontes” que manteve a comunidade unida. Porém, o objetivo maior dessa casa é mostrar e não deixar cair no esquecimento, de como foi criado o assentamento, como foi estabelecido, quais foram as dificuldades, as brigas e as alegrias dos primeiros anos no local. Com um caráter bem diversificado encontramos fotos, objetos, histórias do passado e do presente do assentamento. Tendo como grande esperança pelos moradores de sempre aumentar esses registros, levando a história da comunidade a todos num futuro próximo.    

Lagoa de Coqueirinho

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.” Manoel de Barros

Existe algo mais livre que água? Ela surge ali do “nada” e volta a sumir da mesma forma que chegou. Bem, pelo menos isso era o que acontecia há alguns anos na Lagoa da Comunidade Coqueirinhos. Hoje, porém só resta mais uma lembrança de toda aquela água que existia antes. No início do assentamento essa lagoa foi de extrema importância para a comunidade, além de proporcionar condições favoráveis para a manutenção da vida dos moradores, dos animais e de suas plantações. Ainda contribuía como mais uma forma de renda, através da pesca e venda dos peixes. Mas, também não só de trabalho vive o homem, né. Essa lagoa estabelecia-se como ponto de encontro nas ensolaradas e quentes tarde de domingo, onde se podia passar e viver um belo pôr do sol, juntos com a família e amigos. Onde tem pessoas também há histórias e acontecimentos e ali também não poderia fugir dessa “regra”. Passando de simples “histórias de pescador” como pessoas que pescavam enormes peixes (que nunca ou quase nunca ninguém via) a causas de dramas como afogamentos de pessoas (na maioria crianças) e fantasmas (sim, como não se poderia faltar numa lagoa de “responsa”). Porém depois de 2009, a população viu a sua última cheia. Por motivos das obras de infraestrutura da comunidade, da erosão, das secas nesses últimos anos e de fatores naturais, hoje ela se resume a uma pequena “poça”, onde não se dá para o uso da comunidade. Porém, os assentados não perdem a esperança de um dia a lagoa voltar a encher e com ela todas as lembranças voltarem a ser “livres” junto com as águas.

O quarenta

O quarenta é uma espécie de bolo de milho, conhecida por ser um prato muito famoso entre os primeiros pescadores de Fortim.

Nairle, moradora de Fortim, aprendeu a receita com a sua mãe, que por sua vez aprendeu com a mãe, passando de geração em geração.

O prato é muito famoso em festas juninas e geralmente é uma pedida em dias de visita ou festas familiares.

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Praia das Agulhas/Suspiro da Baleia

A Praia das Agulhas, assim como o Suspiro da Baleia são áreas litorâneas situadas no Pontal do Maceió cuja beleza sempre atraiu a comunidade e muitos visitantes.

São várias as histórias de casais que escolhiam a Praia das Agulhas para se encontrar. Era, para descanso ou para festa, um ponto de encontro do Pontal do Maceió.

O Suspiro da Baleia tem esse nome por conta de uma formação rochosa que lembra uma baleia e quando as fortes ondas batem nas rochas, elas lembram os jatos d’água que uma baleia solta.

Bené, o Papangú de Fortim

Bené vem da terceira geração de “papangús” do Fortim. E entrou depois de um convite do grupo que somava cerca de 30 pessoas. Logo a brincadeira de carnaval foi sendo levada a sério: antes de se vestirem, os “papangús” se escondiam para que ninguém soubesse ou suspeitasse da identidade deles depois de fantasiados.

Os “papangús” se caracterizam por se vestirem mal, com peças como uma máscara de papelão e um saco na cabeça, roupas rasgadas e geralmente com um chicote.

Eles divertem e assustam ao mesmo tempo o carnaval de Fortim.

Conhecendo o nosso bairro – Lagoa Redonda

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Hoje conversamos sobre como conhecer o nosso bairro através das histórias que os próprios moradores contam, para fixar melhor o assunto assistimos um trecho do filme narradores de javé, e antes de começarmos a falar sobre cultura das águas realizamos uma dinâmica com uma dança e música “lavadeira” que refletia a questão das mulheres que lavavam roupa na beira do rio , traçamos a nossa rota de visitas e fizemos uma simulação de como seriam as nossas aulas de campo, os participantes se mostram animados e esperançosos para descobrirem mais sobre o local em que moram.

Segundo dia em Lagoa Redonda

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Começamos nossa manhã com as apresentações das árvores genealógica e da distribuição das cartas dando continuidade ao correio PPT, realizamos a dinâmica dos escravos de Jó e começamos a debater sobre patrimônio cultural, saberes e fazeres, manifestações culturais e começamos a listar os lugares a serem visitados aos poucos estamos descobrindo quais os patrimônios  que Lagoa Redonda tem para nos mostrar.

Lagoa Redonda – chegamos.

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Estamos em Lagoa Redonda, bem perto de Sabiaguaba na escola EEFM Tecla Ferreira, os alunos se mostram bastante empolgados e curiosos com o que  veremos ao longo de nossa semana, mas o nosso dia foi marcado pelo correio PPT, no qual a turma da manhã irá se corresponder com a turma da tarde contando suas expectativas da semana e como estão sendo os dias de oficinas cada um usando um pouco da sua criatividade tanto na escrita como na elaboração da carta com desenhos e um colorido bem legal. E a semana está só começando muitas emoções ainda estão por vim.

Romário (Guardião da Memória)

Membro da União Brasileira dos Trovadores – UBT e da Associação de Escritores Trovadores e Folhetos do Estado, Antônio Romário de Sousa Braga encanta o povo de Pentecoste com seus poemas e cordéis. Ele possui cinco cordéis publicados e um livro de poesias. É universitário e cursa Letras pela UVA. Além de poeta e escritor, Romário é um imitador de diversas personalidades, em especial de Pentecoste. Apesar de tantas ocupações, Romário é um rapaz jovem com apenas 22 anos, acredite se quiser!

 

Sr. Luiz Paiva (Guardião da Memória)

A voz de Pentecoste! Assim era conhecido Luiz de Oliveira Paiva, popularmente chamado de Sr. Luiz Paiva. Nascido em Siupé, morou 50 anos no município de Pentecoste. Faleceu aos 88 anos, mas deixou um grande legado e uma imensa saudade para os pentecostenses. Sr. Luiz Paiva era radialista e possuía um programa: A voz de Pentecoste, onde todos os dias às 5 da manhã começava o programa com as principais notícias da cidade, notas de falecimentos e etc.

Uma grande surpresa para nós se deu na visita a casa dele, pois foi uma entrevista muito emocionante com a sua neta e a sua esposa com quem foi casado 50 anos. Surpreendeu-nos também agrande quantidade de materiais comofitas cassete, gravadores, discos em geral. Soubemos no dia de visitação, que ele fez sua própria nota de falecimento, porém, a fita nunca foi encontrada.